sábado, 5 de fevereiro de 2011

Uma viagem especial para pessoas especiais


Foto: Reprodução/Google
Um local calmo, que transmite tranquilidade e faz qualquer um se perder entre livros e mais livros. Enciclopédias, obras raras, periódicos antigos e de vários locais que somente a Biblioteca Central da Universidade Federal do Pará oferece. Nem os deficientes visuais poderiam ficar de fora desse passeio em meio a tantos livros. Assim, surgiu a Biblioteca de Braille, um local que proporciona uma viagem especial para alunos especiais.

A Biblioteca Central foi fundada em 16 de novembro de 1972, com a estrutura atual e ao longo do tempo foi ganhando espaços novos, entre eles a Biblioteca de Braille, um projeto audacioso para ajudar os acadêmicos com deficiência visual. Com ela, a UFPA pode oferecer ferramentas para o êxito na formação desse estudante.

Apesar de o local chamar-se Biblioteca de Braille, o instrumento mais usado para possibilitar a leitura para o aluno é o DosVox, um sistema para microcomputadores que se comunica com a pessoa através da síntese de voz e, proporciona ao deficiente visual um alto grau de independência no seu estudo. O aluno leva o livro para o local a fim de ser digitalizado e depois o livro é escaneado para que o software possa transformá-lo em algo para ser ouvido.

Entretanto, engana-se quem acha que o trabalho está concluído. Para que o estudante possa viajar em meios aos livros é necessária a revisão pelas pessoas que trabalham na Biblioteca, devido o texto agora digitalizado, conter palavras erradas. E por que não passar o texto para o Braille? Os livros somente são transmitidos para o Braille quando o aluno pede e  passar todos os livros existentes na Biblioteca Central seria perder tempo, já que incrivelmente poucos alunos deficientes visuais, no máximo nove, frequentam o local.

A Biblioteca de Braille é um lugar escondido na imensidão da Biblioteca Central, mas impressiona pela história de luta que possui, apesar de existir há apenas 15 anos. Além disso, existem pessoas que se dedicam a esse trabalho de inclusão, um trabalho árduo, mas que possibilita ao aluno especial uma vida acadêmica consistente. Uma iniciativa para ser aplaudida. E de pé.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Triângulo amoroso termina em morte



Um triângulo amoroso acabou em tragédia nesta terça-feira, no Rio de Janeiro.O marido traído identificado como Vilela, 29, matou o rival Camilo, 26, e a esposa Rita, 30, com tiros de revólver calibre 32. O homicidio ocorreu na casa do próprio acusado, que matou primeiramente a esposa e depois Camilo.

Segundo a polícia, o acusado Vilela era amigo de infância de Camilo. Os três viviam em harmonia. Em seu depoimento à polícia, Vilela disse que começou a desconfiar de Camilo e Rita, logo após a morte da mãe de seu amigo. " Os dois sempre estavam juntos, tinham uma amizade muito intensa. Não aguentei o ciúme e acabei matando os dois", disse Vilela.

Um amigo próximo de Vilela que não quis se identificar disse que quando o acusado começou a desconfiar da intimidade dos dois amantes, passou a mandar bilhetes a Camilo para descobrir se Rita e Camilo mantinham mesmo um caso. "Vilela me mostrou uma vez um bilhete que mandaria a Camilo, que dizia que o rapaz era imoral e pérfido, e dizia também que a aventura era sabida de todos", disse o amigo de Vilela.

Vilela disse a polícia que mandou um bilhete a Camilo o convidando a vir a sua casa com urgência. Quando chegou lá, Camilo se deparou com Rita morta. Logo depois foi sua vez. Vilela o matou com dois tiros de revólver calibre 32.

Vilela confessou tudo a polícia. O acusado foi autuado em flagrante por porte ilegal de armas e duplo homícidio.



Notícia fictícia baseada no conto "A cartomante" de Machado de Assis.
Fotos: Reprodução/Google.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Blogs: a interatividade que faltava aos meios de comunicação

Com a perda da credibilidade dos grandes meios de comunicação, devido estes estarem sob o comando de grupos políticos  os cidadãos vão cada vez mais em busca de meios voltados para a informação verídica  sem apelos políticos  É nesse momento que surge o blog, o qual foi pedido a leitura sobre "Blogs Revolucionando os meios de comunicação".

Certamente os cidadãos sempre necessitaram de meios onde pudessem exprimir suas opinões. E os blogs são estas ferramentas onde o público pode além de postar sua opinião, ainda tentar mudar a realidade de seu bairro, já que os blogs são meios hiperlocais. O texto até cita um meio hiperlocal que é o Vilaweb, que aproxima muito essa ideia de vizinhança usando nomes de áreas como auditório, quiosques, praças, dentre outros.

O autor diz que os grandes meios de comunicação estão se rendendo a este novo tipo de jornalismo: O Jornalismo 3.0 ou Participativo, onde os blogs incluem-se.A interatividade que faltava a estes meios estão sendo supridos pelos blogs. É verdadeiramente o "fortalecimento entre o jornal e a comunidade", como diz o blogueiro e jornalista Lex Alexander.
O cidadão busca isso que os meios de comunicação estejam próximos da sua realidade, dos seus problemas e, não de apenas aquilo que o jornalismo acredita que seja importante como a economia e a política.

O Jornalismo 3.0 é realmente a socialização dos conteúdos e dos próprios meios de comunicação . Segundo o texto, ainda, este tipo de jornalismo já começa a ameaçar o jornalismo profissional. Não acredito que essa ameaça já esteja sendo sentida pelos jornalistas, mas pode ser, sim, algo que faça o jornalista voltar a sua origem de verdadeiro intermediário entre os fatos e os leitores.

Dessa forma, os blogs são, sim, a interatividade que estava faltando aos meios de comunicação. Mas acredito que as notícias não podem ser produzidas por pessoas normais, como diz Dan Gillmor. Concordo com Waltter Lippmann, que diz que o jornalismo não deve ser praticado "por testemunhas acidentais não treinadas". Além do mais porque pessoas não comprometidas com a notícia não estão com a intenção de informar, mas de dar sua opinião sobre algo.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Um sonho...


Prestar vestibular para Comunicação nunca passou pela minha cabeça até os doze anos de idade. Até fazia chacota dos meus amigos que desejavam ser jornalistas. Mas, um certo dia, fui convidada a apresentar um programa infantil por uma rádio católica. Era o "Criança evangelizando Criança" da Fundação Nazaré. Aceitei, que criança não iria aceitar, não é?  É engraçado porque não tive medo de enfrentar um microfone e um programa ao vivo. Certamente, agora que já sou estudante de jornal, hesitaria antes de aceitar o convite. Não sei explicar o por quê.

No programa, foram quase dois anos maravilhosos. Recebia dezenas de ligações de ouvintes dizendo que minha voz era bonita. Os ténicos de áudio diziam que eu tinha futuro. Minha família tinha o maior orgulho de mim (HAHA). Ganhei um prêmio nacional, o Microfone de Prata, da CNBB. Pronto. Apaixonei-me por aquilo que eu estava fazendo, que nem sei muito bem se era jornalismo. Pra mim, naquele momento, era apenas uma brincadeira com os meus amigos. E, assim, desde os doze anos de idade resolvi que seria jornalista.

Ah, eu escrevia bem também. (Não sei se escrevo tão bem agora que estou na faculdade. É sério!)

Mas o destino me fez mudar de idéia no último ano do ensino médio. Fiz vestibular para Geografia na UFPA e Secretariado Trlilíngue na UEPA. Resultado: reprovada nas duas. Fui para o curso pré-vestibular (tá bom, cursinho), e, agora sim, fiz Jornalismo na UFPA e o mesmo curso na UEPA. Mais um resultado: aprovada só na UEPA.

Fui estudar na UEPA. Muito legal, pessoas maravilhosas, turma super unida . Tudo o que um calouro desejaria ter. Mas ainda não era tudo para mim. Aquele sonho ainda estava aqui, batia cada vez mais forte quando via que não tinha nascido para "secretariar" por aí. Quando passei na UEPA, já tinha decidido que prestaria vestibular de novo para UFPA. Eu tinha de ser jornalista, cara. O segundo semestre de 2009 chegou e eu passei a estudar à noite na UEPA e pela manhã no cursinho. Resultado dessa loucura: reprovada novamente na Federal.

E agora? O que eu faço? Continuo na UEPA ou largo tudo e me dedico somente ao cursinho? Era uma decisão difícil. Eu ia trocar o certo pelo duvidoso. Minha família não ia aceitar isso, pensava quando saiu o listão. E não aceitou mesmo. Todo dia era aquela cobrança por eu ter trancado o curso.  Minha esperança era a de que uma pessoa desistisse de Jornalismo, já que eu era a primeira da repescagem. O único problema é que Jornalismo tinha um histórico de não ter desistência, até porque era um dos cursos mais concorridos da UFPA, naquele tempo. É, todo mundo queria aparecer na GlobOPS!

Mas... Não é que desistiram?! No dia 30 de março, fui a única chamada para a repescagem no curso. A vaga era minha! UHUL! Meu grande sonho realizado. Sou a pessoa mais feliz do mundo. Espero não me desapontar com nada nesse mundo chamado UFPA. Espero não me arrepender daqui há quatro anos, quando eu voltar aqui e fazer um post pra dizer as minhas sensações e minhas peripécias vividas na FACOM.

Mas acabou a comemoração, entrei na maior e mais desejada universidade do Pará. E, lógico, no melhor curso: Comunicação social-Jornalismo 2010.

p.s: 07 de abril, dia do jornalista!